Um homem foi preso no Aeroporto Internacional John F. Kenneddy, de Nova York, com urânio destinado ao Irã escondidos nas solas de seus sapatos, disse o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Patrick Campbell, que foi preso quarta-feira, vindo de Paris, é acusado de tentar agir como um intermediário para vender ao Irã 1.000 toneladas de urânio purificado, em violação da lei dos EUA.
Baseado em Serra Leoa, Campbell, de 33 anos, estava sob vigilância desde maio de 2012, quando respondeu a um anúncio no site alibaba.com de alguém querendo comprar urânio 308, ou bolo amarelo ("yellow cake"). O comprador, na verdade, era um oficial de imigração dos Estados Unidos disfarçado.
Requisitado a fornecer 1.000 toneladas de urânio - disfarçado com outros tipos de minérios para escapar à detecção - Campbell prometeu enviar o produto, disfarçado de cromita, de Serra Leoa para o porto de Bandar Abbas, no Irã.
Durante as conversas por telefone, Skype e e-mail, Campbell alegou estar ligado a uma empresa que vende urânio, ouro, diamantes, e cromita na fronteira da Libéria e Serra Leoa, de acordo com a acusação. A fim de ser utilizado como combustível nuclear, o urânio deve ser enriquecido.
Campbell foi preso em Nova York, a caminho da Flórida, onde planejava mostrar ao seu "contato" algumas amostras do urânio. As amostras, embrulhadas em sacos plásticos, estavam escondidas nas solas de um par de sapatos em sua bagagem, disse a acusação.
Os investigadores também encontraram informações de contatos para a venda e entrega do urânio em um pen-drive de Campbell.
Acusado de violar a lei dos EUA sobre as transações com o Irã, Campbell pode pegar até 20 anos de prisão e uma multa de US$ 1 milhão. O caso foi transferido para um tribunal federal de Fort Lauderdale, na Flórida.
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