Um homem fardado abriu fogo hoje contra forças americanas e afegãs em um quartel policial no leste no Afeganistão, deflagrando um tiroteio que matou pelo menos dois soldados americanos e dois afegãos.
De acordo com vice-chefe de polícia da Província de Wardak, Abdul Razaq Koraishi, cinco policiais afegãos foram detidos para interrogatório pelos americanos.
Koraishi disse ainda que quatro policiais afegãos ficaram feridos, mas não confirmou o número de americanos mortos.
O Exército americano informou em comunicado que dois militares foram mortos.
O ataque, na Província de Wardak, ocorreu um dia depois de expirar a data final para a retirada das forças especiais dos Estados Unidos saírem da Província, depois que o presidente Hamid Karzai os acusarem de, juntamente com os afegãos que trabalham com os americanos, supervisionarem torturas e assassinatos na região.
O secretário de defesa americano Chuck Hagel, que deixou o Afeganistão na manhã de hoje depois de uma visita de três dias falou sobre a questão da Província quando se encontrou com Karzai.
As forças americanas negam envolvimento em abusos aos direitos humanos Wardak.Hagel parecia ter esperanças de que um acordo pudesse ser alcançado para a continuidade da permanência dos americanos na Província, mas não falou sobre qualquer avanço nas conversas com Karzai.
Os afegãos estão divididos em relação à expulsão dos americanos, dizendo que sua retirada poderia deixar um vácuo a ser preenchido pelos insurgentes, o que significaria um risco à segurança nos arredores de Kabul.
Incidentes envolvendo forças de segurança afegãs atacando as tropas lideradas pela Otan que os treinaram e lutam contra os insurgentes talibãs cresceram muito no último ano.
Os ataques afetaram seriamente a confiança entre a coalizão e as forças afegãs, que estão sob uma pressão crescente para conter os insurgentes antes que as tropas estrangeiras deixem o país no final do ano que vem.