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Um motorista de caminhão entrou numa pequena escola da seita Amish, de apenas uma sala, no condado de Lancaster, na Pensilvânia, e matou três meninas que tinham entre 6 e 13 anos de idade, e feriu outras sete crianças, segundo informou a polícia local em entrevista coletiva depois do incidente. Em seguida, ele se matou. Tinha uma pistola e um fuzil.

Três jovens, incluindo uma menina de 11 anos, foram encaminhadas para um hospital da Pensilvânia em estado grave, após terem sido baleadas. Segundo um porta-voz do hospital, outras três estariam a caminho.

Ele, que era casado, deixou bilhetes de despedida para sua mulher, mencionando uma vingança contra algo ocorrido no passado.

A sala tinha 15 alunos da mesma faixa etária e entre 10 e 12 meninas da mesma idade.

A mulher, que não estava em casa quando ele saiu, na manhã desta segunda-feira, leu os bilhetes ao voltar para casa e telefonou para o celular dele. Ele falou com ela quando já estava dentro da sala de aula, com as reféns. A mulher não sabia onde ele estava.

Segundo relato de sobreviventes, ele mandou que todos se alinhassem diante do quadro negro, para em seguida amarrar algumas das meninas, com cabos e algemas de plástico.

Havia cinco adultas na sala, uma das quais a professora da turma. Ele ordenou que todos saíssem, bem como os alunos do sexo masculino. Três eram mulheres com seus filhos, a quarta estava grávida e a quinta era a professora.

A professora saiu e pôde telefonar para os serviços de emergência.

Segundo a polícia, ele não tinha antecedentes criminais.

Este é o terceiro incidente em escolas americanas em uma semana. Na quarta-feira da semana passada, um sem-teto matou uma adolescente de 16 anos e se matou em seguida, numa escola de ensino médio no Colorado. E, na sexta-feira, um adolescente de 15 anos matou o diretor de uma escola no Winsconsin da qual fora aluno.

Os Amish são uma seita cristã muito presente no Canadá e nos Estados Unidos que se recusa a usar da tecnologia moderna, como telefones e automóveis, preferindo charretes, nem usam roupas de tecido sintético. Dispensam eletricidade.

Os Amish também se recusam a entrar em alistamento militar e a receber assistência governamental. Alguns se negam a fazer qualquer tipo de seguro, como o de vida, e preferem não contribuir para o sistema de previdência pública.

Muitos deles falam um dialeto que chamam de "holandês da Pensilvânia" ou "alemão da Pensilvânia".

A seita tem origem na Suíça, no início do século XVI, mas o inspirador é do século XVII, Jacob Amman, que temia o desvio dos menonitas, os seguidores do padre holandês Menno Simons, originalmente católico.

Simons renunciou ao catolicismo para se converter ao movimento anabatista, de cristãos que pregavam uma reforma radical da Igreja. Sendo ainda mais duro, Simons acabou dando nome a uma nova divisão entre os protestantes, da qual os Amish derivam. Há estudiosos, porém, que acreditam que os Amish e os menonistas são a mesma coisa.

Existem cerca de 200 mil Amish nos Estados Unidos, vivendo em mais de 20 estados.

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