Um homem morreu ontem após confrontos entre manifestantes aliados e contrários ao grupo radical libanês Hezbollah em frente à Embaixada do Irã em Beirute, capital do Líbano. A ação aconteceu após protestos contra a atuação da milícia na repressão a rebeldes na Síria.
O Hezbollah participou do cerco das forças do regime do ditador sírio, Bashar al-Assad, à cidade de Qusair, na fronteira com o Líbano. Cerca de quatro mil milicianos se juntaram aos soldados do governo e conseguiram expulsar os rebeldes da região na semana passada.
O Irã é um dos principais aliados de Damasco e é acusado de financiar e fornecer armas ao grupo libanês.
Segundo testemunhas, a morte aconteceu após uma briga entre aliados do Hezbollah e seus adversários. Ainda não se sabe que lado disparou ou de que lado era o militante morto. Várias pessoas também ficaram feridas após o incidente.
Mais cedo, integrantes do libanês Partido Popular Nacionalista Sírio, que apoia os rebeldes sírios, entraram em confronto com a segurança da representação iraniana.
Nos últimos meses, o Líbano tem sido mais afetado pela crise na Síria, em especial pela entrada do Hezbollah nos combates e devido às tensões sectárias no norte do país. Em Trípoli, a segunda maior cidade libanesa, bairros sunitas, aliados dos rebeldes, enfrentam os bairros alauitas, que apoiam Assad.