Manifestantes exigiram na quinta-feira que a polícia de Phoenix, no Arizona, identifique o agente que atirou e matou um homem negro desarmado na terça-feira, num caso que está sendo comparado às mortes de Michael Brown, no Missouri, e de Eric Garner, em Nova York.
Cerca de 200 pessoas marcharam para a sede da polícia um dia depois de o departamento defender fortemente a decisão do policial de disparar contra Rumain Brisbon, um pai de família de 34 anos. Segundo amigos e familiares, ele estava apenas levando jantar para seus filhos quando foi abordado pelo policial.
De acordo com a versão da polícia, Brisbon tentou fugir e negou-se a obedecer a várias ordens do policial branco que tentava prendê-lo por suspeita de estar vendendo drogas. O agente , de 30 anos, não teve seu nome revelado.
"Durante a briga, Brisbon colocou sua mão esquerda no bolso e o policial a segurou", disse a polícia. Temendo que Brisbon tivesse uma arma no bolso, o policial atirou duas vezes, ferindo-o no peito. Brisbon foi declarado morto no local pouco depois da chegada dos bombeiros e dos reforços policiais. No bolso do falecido foi encontrada uma caixa de oxicodona, um analgésico potente e viciante, consumido às vezes como droga recreativa.
Em Cleveland, a família de Tamir Rice, garoto de 12 anos morto pela polícia por portar uma arma de brinquedo, entrou ontem com um processo de morte por negligência. A ação movida contra a cidade e os dois policiais alega que eles agiram de modo imprudente quando confrontaram o menino de forma aterrorizante e dispararam em poucos segundos, além de terem demorado quatro minutos antes de pedir ajuda médica.
Um vídeo de segurança divulgado pela polícia mostra que Tamir foi baleado dois segundos após um carro de patrulha parar ao seu lado em um parque em 22 de novembro.
A imagem mostra o menino com o que a polícia descobriu depois que era uma arma de brinquedo. Ele morreu no dia seguinte.