Ryan Routh, o homem acusado de tentar assassinar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um campo de golfe na Flórida quando o republicano era candidato, se ofereceu para ser refém do grupo terrorista Hamas.
Em uma bizarra carta datilografada de duas páginas que Routh escreveu semanas atrás enquanto estava em uma prisão federal em Miami, no sul da Flórida, e que foi noticiada pela imprensa americana, ele fez essa oferta em nome da restauração da paz, disse.
“Eu diria que estou disposto a me render em Gaza [...] apenas para reiniciar as negociações de paz”, escreveu o homem de 58 anos na carta cuja autenticidade foi confirmada por sua filha, Sara Routh, ao jornal New York Post.
Na longa carta, na qual também expressa sua admiração por Alexander Hamilton, um dos “pais fundadores” dos Estados Unidos, Routh acrescentou que ele e outros “bons samaritanos” poderiam tomar o lugar dos reféns israelenses e, assim, acabar com o conflito armado.
O julgamento de Routh começará em 8 de setembro deste ano, após o juiz responsável pelo caso aceitar o pedido da defesa para adiar o início do processo judicial, inicialmente previsto para 10 de fevereiro.
A defesa havia solicitado que o início fosse adiado para dezembro deste ano, dada a quantidade de provas que precisam ser analisadas, mas a juíza federal Aileen Cannon estimou em seu parecer que era um período excessivo, enquanto a data de setembro de 2025 não constituía um “atraso injustificado”.
Em 30 de setembro do ano passado, Routh se declarou inocente de todas as cinco acusações que enfrenta, incluindo tentativa de homicídio de um importante candidato presidencial, porte de arma de fogo para promover um crime violento e agressão a um funcionário federal.
O homem foi preso em 15 de setembro em um campo de golfe na Flórida de propriedade de Donald Trump, onde um agente do Serviço Secreto descobriu que ele estava armado com um rifle semiautomático escondido atrás de uma fileira de arbustos.
Após ser visto, ele fugiu do local, mas foi preso no mesmo dia. Ele também foi acusado de porte ilegal de arma de fogo e porte ilegal de arma de fogo com número de série apagado em relação com a tentativa de homicídio.
A defesa está considerando se deve apresentar seu caso com base no fato de que Routh sofre de demência, para o qual deverá apresentar a justificativa correspondente ao tribunal ainda este mês.