Um homem que agrediu um policial durante a invasão ao Congresso dos Estados Unidos em 6 de janeiro foi condenado nesta quarta-feira (10) a três anos e cinco meses de prisão, a sentença mais alta já emitida para um dos réus no caso.
Scott Fairlamb, de Nova Jersey, é a primeira pessoa condenada por agressão a um policial durante o ataque ao Capitólio por apoiadores do ex-presidente americano Donald Trump. O juiz Royce Lamberth, de um tribunal federal no Distrito de Colúmbia, chamou as ações do réu, proprietário de uma academia e ex-lutador de MMA, de “afronta à sociedade e à lei”.
Fairlamb é visto em vários vídeos gravados em 6 de janeiro gritando palavras de ordem a favor da invasão, escalando as grades que estavam sendo montadas na época da posse presidencial do democrata Joe Biden e socando um policial.
O réu também é mostrado entrando e saindo do edifício do Capitólio, de acordo com os arquivos do tribunal e as gravações de vídeo mostradas no tribunal.
Em agosto, Fairlamb se confessou culpado de atacar um policial e obstruir um processo oficial, referindo-se à sessão do Congresso que estava sendo realizada em 6 de janeiro para ratificar a vitória do democrata Joe Biden sobre Trump nas eleições presidenciais de novembro de 2020 e que foi interrompida por algumas horas.
O réu pediu clemência nesta quarta-feira e afirmou soluçando no tribunal que “verdadeiramente” lamenta suas ações naquele dia e que está arrependido.
A sentença do ex-lutador poderia abrir um precedente nos casos de outros réus acusados na invasão ao Capitólio que cometeram atos de violência. Entre os 126 julgados até o momento, apenas 16 admitiram ter cometido crimes.
Até agora, três pessoas foram condenadas, o próprio Fairlamb e dois outros indivíduos que receberam sentenças de oito e 14 meses de detenção, mas que não foram acusados de agressão a oficiais.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?
“Esmeralda Bahia” será extraditada dos EUA ao Brasil após 9 anos de disputa
Deixe sua opinião