Um palestino com passagem pela polícia israelense foi ferido a tiros por seguranças depois de invadir a embaixada da Turquia em Tel Aviv e tomar reféns nesta terça-feira.
O homem foi dominado e interrogado por diplomatas turcos durante mais de quatro horas. Ele saiu de lá mancando e algemado, escoltado por funcionários da embaixada, por um policial israelense e por um paramédico. Foi levado a um hospital de ambulância.
Um advogado árabe-israelense que conversou por telefone com o homem para tentar acalmá-lo disse que o palestino tomou o cônsul-geral turco e sua mulher como reféns durante cerca de duas horas. Os dois conseguiram escapar quando os seguranças alvejaram o sequestrador, que estava armado com uma pistola e uma faca.
As autoridades israelenses se negaram a confirmar o relato sobre a captura dos reféns.
O incidente aparentemente não tem relação com a piora nas relações entre Israel e Turquia depois do ataque militar israelense, em maio, a uma frota turca que pretendia furar o bloqueio à Faixa de Gaza.
O Canal 2 da TV israelense apresentou uma gravação de voz do homem, identificado como Nadim Injas, em que ele dizia que destruiria a embaixada se não recebesse asilo na Turquia. Ele afirmou que possuía armas, explosivos e gasolina.
A imprensa israelense disse que aparentemente o homem entrou na embaixada aproveitando uma janela aberta no térreo.
Um funcionário da chancelaria israelense disse que o homem foi solto há duas semanas de uma prisão de Israel, após cumprir pena de quatro anos de prisão por invadir a embaixada britânica em 2006, também para pedir asilo.
A imprensa israelense disse que o palestino, cuja família vive numa aldeia próxima a Ramallah (Cisjordânia), se diz procurado pela Autoridade Palestina por ter trabalhado como informante do Shin Bet, uma agência de segurança interna de Israel.A Rádio Israel diz que o Shin Bet negou ter qualquer ligação com Injas, e acrescentou que ele estava vivendo ilegalmente em Israel.
Mas uma fonte oficial palestina disse à Reuters que Injas de fato era procurado pela polícia por suspeita de trabalhar para o Shin Bet.
A violência política é rara em Tel Aviv desde que a rebelião palestina perdeu fôlego, há cerca de cinco anos. A cidade é reconhecida pela comunidade internacional como capital de Israel, e por isso quase todos os países mantêm suas embaixadas ali.
Os consulados em Jerusalém, cidade declarada capital por Israel, mas parcialmente reivindicada pelos palestinos, tampouco costumam ser alvo da violência política.
Nove cidadãos turcos morreram no incidente naval no fim de maio, e em represália a Turquia retirou seu embaixador de Tel Aviv e cancelou exercícios militares conjuntos, mas não chegou a romper relações diplomáticas completamente. Ancara exige que o governo israelense se desculpe e indenize as famílias das vítimas.
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