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Um júri popular decidiu nesta quarta-feira (2) condenar à pena capital o homem que abriu fogo e matou 11 pessoas em uma sinagoga de Pittsburgh, na Pensilvânia, em 2018, considerado o maior ataque antissemita da história dos Estados Unidos, segundo informou a imprensa local.
Depois de deliberar por mais de dez horas, o júri votou por unanimidade para enviar Robert Bowers ao corredor da morte, uma decisão que é vinculante para o juiz que deve assinar a sentença.
O júri é o mesmo que no último mês de junho considerou Bowers culpado de todas as 63 acusações contra ele, incluindo crime de ódio, que no estado da Pensilvânia pode levar à pena capital.
Após essa fase, o júri teve que decidir se pediria ao juiz que impusesse prisão perpétua ou pena de morte, opção pela qual finalmente optou.
Segundo a emissora CNN, esta é a primeira sentença de morte imposta por um júri federal desde que Joe Biden se tornou presidente dos Estados Unidos, em 2021.
Bowers, um morador de Pittsburgh, invadiu a sinagoga Árvore da Vida, onde membros de três congregações judaicas realizavam atividades do shabat, em 27 de outubro de 2018, e começou a atirar indiscriminadamente enquanto gritava: “Todos os judeus devem morrer”.
O ataque a tiros deixou 11 mortos e seis feridos e se tornou o atentado antissemita mais mortífero da história dos Estados Unidos.
Durante o julgamento, a defesa tentou argumentar que Bowers, hoje com 50 anos, sofre de problemas mentais, mas o júri entendeu que ele tinha um plano preciso para assassinar judeus.