Um tunisiano de 35 anos foi preso nesta terça-feira (8) sob a acusação de ser o suposto traficante que se encarregou de levar os 500 imigrantes que naufragaram em uma embarcação vinda da Líbia em frente ao litoral da ilha de Lampedusa, na Itália, na última quinta-feira (3).
A polícia italiana tinha localizado após o naufrágio o suposto traficante e o transferiu para um abrigo em Lampedusa com o restante dos sobreviventes, mas hoje aconteceu a prisão oficial e o homem foi conduzido à penitenciária de Agrigento, na Sicília.
Segundo a imprensa, alguns dos 155 sobreviventes do naufrágio, disseram que o tunisiano Bensalem Khaled era "o capitão" da embarcação na qual viajavam.
Khaled, explicaram os imigrantes aos investigadores, foi o responsável por transferir o grupo do deserto até a cidade de Misurata, no noroeste da Líbia, onde fizeram o embarque.
Segundo os imigrantes, foi ele também quem acendeu uma chama que provocou depois o incêndio e o afundamento do barco, mas isso ainda não foi comprovado.
Por enquanto, a promotoria de Agrigento acusou o tunisiano de homicídio múltiplo e de favorecer a imigração ilegal.
Os imigrantes, procedentes de Eritréia e Somália, explicaram que havia outro traficante a bordo e que os dois eram chamados de "white man" (homem brancos) devido à cor de sua pele, mas ele não foi localizado.
Os mergulhadores voltaram hoje a fazer os trabalhos de resgate dos corpos que estão submersos entre os destroços da embarcação, a cerca de 50 metros de profundidade.
Até agora foram encontrados 235 corpos, depois que, durante a manhã de hoje, foram encontrados outros três.
De acordo com os sobreviventes, cerca de 500 pessoas estavam na embarcação, por isso, acredita-se que ainda estejam desaparecidos aproximadamente 100 imigrantes