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Ig Nobel

Homem que viveu como cabra está entre os vencedores de prêmio “dos loucos da ciência”

Um dos momentos da cerimônia de premiação de 2016 | Reprodução/Ig Nobel
Um dos momentos da cerimônia de premiação de 2016 (Foto: Reprodução/Ig Nobel)

Um homem que viveu como uma cabra nos Alpes e um cientista que estudou como as calças afetam o desejo sexual de roedores estão entre os vencedores dos “prêmios Nobel alternativos” deste ano. A 26.ª edição dos Prêmios Ig Nobel, que celebram todos os anos o lado louco da ciência, foi realizada na quinta-feira (22) na Universidade de Harvard, em Cambridge, Massachusetts.

Os prêmios têm como objetivo “celebrar o incomum, honrar o imaginativo - e estimular o interesse das pessoas na Ciência, Medicina e na Tecnologia”, disseram os organizadores do evento. O prêmio principal na categoria Reprodução foi para Ahmed Shafik, da Universidade do Cairo, que morreu em 2007, por seu trabalho que mostrou como a vida sexual dos ratos é afetada pelo tecido das calças que usam. Publicado em 1993, o estudo concluiu que os ratos que usam poliéster fazem menos sexo do que aqueles vestidos com calças de algodão, ou lã.

O prêmio de Biologia foi, em conjunto, para Charles Foster, que viveu na selva várias vezes como os animais - incluindo um texugo, uma lontra e um pássaro -, e Thomas Thwaites, que construiu próteses para que ele pudesse viver três dias com quatro pernas e percorrer as colinas com as cabras.

Os vencedores receberam um troféu parecido com um grande relógio e um prêmio em dinheiro de 10 trilhões em uma moeda corroída pela inflação e praticamente inútil, o dólar do Zimbábue.

Como todos os anos, os prêmios foram entregues por laureados com o Nobel verdadeiro, com quatro deles tendo estado presentes na cerimônia de quinta-feira.

Dois neozelandeses e um britânico levaram o prêmio principal na categoria Economia por seu trabalho sobre as personalidades das rochas, no qual alunos identificaram pedras com características humanas no âmbito do estudo de Marketing.

Em uma reviravolta, a Volkswagen - que no ano passado confessou ter fraudado testes de emissões de poluentes, violando a legislação americana - ficou com o prêmio de Química por “resolver o problema das emissões excessivas de automóveis com a produção automática e eletromecânica de menos emissões, quando os carros estão sendo testados”.

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