A dois dias do primeiro aniversário do terremoto e do posterior tsunami que assolaram o nordeste do Japão, a cidade de Ishinomaki, uma das mais afetadas, acolheu nesta sexta-feira diversos rituais, oferendas e cerimônias em lembrança das vítimas da tragédia.
Nesta cidade litorânea da província nordeste de Miyagi, o tsunami deixou 3.735 vítimas, entre mortos e desaparecidos, e um ano depois os efeitos do desastre são ainda claramente visíveis nas montanhas de escombros e carros que poluem o horizonte.
Os templos de Ishinoamki registraram nesta sexta-feira um constante peregrinar de pessoas que quiseram antecipar o aniversário para deixar flores nos cemitérios, ainda parcialmente destruídos.
Pelas ruas da cidade, que registrou o maior número de mortos em todo o Japão, eram vistos monges convidando pessoas às orações e cartazes sobre as celebrações preparadas para o domingo.
"Aqui, quase todos perdemos algo ou alguém", disse à Agência Efe Ken Nakagawa, um taxista de 42 anos que perdeu sua mãe no tsunami.
Em templos litorâneos, como o budista de Sakioji, que se salvou da destruição, há por estes dias várias cerimônias privadas em lembrança das vítimas.
O aniversário da catástrofe será lembrado no Japão com diversas cerimônias e homenagens e um minuto de silêncio às 14h46 locais (2h46 de Brasília), momento exato em que em 11 de março de 2011 aconteceu o terremoto de 9 graus na escala Richter.
Além de milhares de mortos e destroços milionários, o tsunami posterior ao terremoto provocou um grave acidente na usina nuclear de Fukushima Daiichi, o pior desde o de Chernobyl.