O general Gabi Ashkenazi, chefe do Estado-Maior do país de Israel, afirmou nesta terça-feira (13) que o Hamas está usando novas estratégias contra a ofensiva na Faixa de Gaza, que entra no seu 18º dia: segundo disse ao jornal israelense "Haaretz", homens-bomba vestidos como soldados de Israel tentaram se infiltrar nas linhas de frente do Exército e detonar explosivos entre os militares. A reportagem não diz se algum dos combatentes foi detido nem esclarece como o plano de atentado teria sido descoberto.
De acordo com o texto, publicado no site do jornal, o general disse que as forças israelenses também descobriram túneis construídos pelo Hamas com o objetivo de sequestrar soldados israelenses. Antes de uma reunião com o comitê de Relações Exteriores e Defesa do Parlamento, Ashkenazi divulgou ainda detalhes da operação que já deixou quase mil mortos no território palestino, e 13 do lado israelense, sendo dez militares.
O chefe do Estado-maior israelense afirmou que nos primeiros quatro minutos da campanha aérea que marcou o início da ofensiva, em 27 de dezembro, a "maioria dos alvos" foi atingida. Ele acrescentou que a operação foi aprovada pelo governo israelense dias antes.
Apenas nesta terça-feira, cerca de 60 alvos foram bombardeados na Faixa de Gaza. Tanques se aproximaram da Cidade de Gaza, onde vive meio milhão de habitantes (um terço da população total do território).
O Exército de Israel disse que suas tropas foram atingidas, no Sul do país, por disparos feitos a partir da Jordânia. As tropas revidaram. O governo da Jordânia negou que tiros tenham sido disparados de seu território, onde a maior parte da população é de origem palestina.
Se confirmado, este seria o terceiro ataque contra Israel a partir de outro país. No domingo, tropas israelenses nas Colinas de Golã foram alvo de ataques vindos da Síria. Na quarta passada, foguetes disparados do Líbano feriram duas pessoas no Norte de Israel.