Combatentes líbios se juntaram neste domingo à luta para capturar uma cidade desértica de homens leais a Muamar Kadafi, depois de o chefe do conselho interino da Líbia ter alertado que o líder deposto ainda é uma ameaça.
Tropas de Kadafi com foguetes e morteiros contiveram combatentes locais que tentavam ir em direção aos subúrbios norte de Bani Walid, que fica 150 quilômetros a sudeste de Trípoli.
Muitos soldados não uniformizados e combatentes com experiência do CTN (Conselho de Transição Nacional) reforçaram seus colegas, que encontraram grande resistência das forças de Kadafi desde a sexta-feira.
"Sou um soldado do Exército líbio desde a década de 1980. Eu tenho um pouco mais de experiência do que esse garotos locais," afirmou um combatente que acabara de chegar, Omar Swaid, um motorista de caminhão do Kansas.
"Eles são ótimos, muito entusiasmados, mas não sabem lutar. Vamos ajudá-los. As forças de Kadafi, alguns querem se render. Espero que este seja o último combate. Não quero mais ver sangue," afirmou, com um amplo sotaque norte-americano.
Aviões da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) novamente estavam patrulhando os céus após lançar vários ataques aéreos no dia anterior.
"Na vizinhança de Bani Walid, havia um lança-foguetes que destruímos," afirmou à Reuters uma autoridade da Otan, em Bruxelas, neste domingo. Em comunicado, a organização disse que seus aviões atingiram um tanque e dois veículos blindados na região.
Ibrahim Bakkar, um combatente de 20 anos e que estava próximo a Bani Walid, disse: "A Otan jogou muitas bombas ontem, atingindo lança-foguetes. Isso realmente está nos ajudando. Quando entrarmos na cidade, a Otan deve nos dar mais proteção dos céus."
O plano original era de os locais entrarem na cidade de 100 mil habitantes para tranquilizar a população e convencer os homens leais a Kadafi a deixarem as armas e permanecer dentro de casa.
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