A presidente de Honduras, Xiomara Castro, anunciou que seu país vai deixar de reconhecer Taiwan e vai estabelecer relações diplomáticas com a China.
“Dei instruções ao chanceler Eduardo [Enrique] Reina para tratar da abertura de relações oficiais com a República Popular da China”, escreveu Castro, esposa do ex-presidente Manuel Zelaya (deposto em 2009 após convocar uma consulta sobre uma assembleia constituinte), em mensagem no Twitter.
Castro afirmou que o estabelecimento de relações diplomáticas com a China serve “como sinal da minha determinação em cumprir o Plano de Governo e expandir livremente as fronteiras em harmonia com as nações do mundo”.
Nesta quarta-feira (15), o Ministério das Relações Exteriores de Taiwan manifestou preocupação com a decisão do governo de Honduras. “Pedimos a Honduras que considere com cuidado, não caia na armadilha da China e não tome a decisão errada para prejudicar a amizade de longa data entre Taiwan e Honduras”, apontou, em comunicado.
Nos últimos anos, Panamá, El Salvador, República Dominicana e Nicarágua cortaram laços diplomáticos com Taipei após pressão chinesa. Com a confirmação do rompimento de Honduras, apenas 13 países em todo o mundo reconhecerão Taiwan, que é considerada pela China uma província rebelde, a ser reincorporada até 2049.
O Paraguai é o único país sul-americano que mantém relações diplomáticas com Taiwan, mas o candidato de centro-esquerda à presidência, Efraín Alegre, promete romper relações com Taipei e estabelecê-las com Pequim caso seja eleito em abril.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”