O governo de Honduras teria exigido US$ 2,5 bilhões em ajuda de Taiwan antes de anunciar que vai romper diplomaticamente com a ilha asiática e estabelecer relações diplomáticas com a China.
A informação sobre a exigência de pagamento foi primeiro publicada pela Agência Central de Notícias de Taiwan e depois confirmada pela agência Reuters.
Entretanto, nesta quarta-feira (22), o ministro das Relações Exteriores de Honduras, Eduardo Enrique Reina, alegou à própria Reuters que o país não pediu uma “doação”, mas sim solicitado “repetidamente” que Taiwan comprasse títulos da dívida pública hondurenha.
Ele alegou que as altas taxas de juros estavam “sufocando” Honduras e que a proposta feita a Taipei estava “relacionada a encontrar um mecanismo de financiamento da dívida” hondurenha.
Na semana passada, ao anunciar que seu país vai deixar de reconhecer Taiwan e vai estabelecer relações diplomáticas com a China, a presidente Xiomara Castro disse que a medida é um “sinal da minha determinação em cumprir o Plano de Governo e expandir livremente as fronteiras em harmonia com as nações do mundo”.
Nos últimos anos, Panamá, El Salvador, República Dominicana e Nicarágua cortaram laços diplomáticos com Taipei após pressão chinesa.
Com a confirmação do rompimento de Honduras, apenas 13 países em todo o mundo reconhecerão Taiwan, que é considerada pela China uma província rebelde, a ser reincorporada até 2049.
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