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A polícia de Hong Kong classificou possíveis manifestações no Parque Victoria, marcadas para este sábado (4), como “reunião não autorizada” e aconselhou a população a não comparecer ao local, alertando que haverá grande contingente de policiais.
Tradicionalmente, o parque recebe sempre em 4 de junho uma manifestação de homenagem às vítimas do massacre da Praça da Paz Celestial, no qual a ditadura chinesa reprimiu com extrema violência protestos pacíficos em Pequim em 1989.
Nos dois últimos anos, o governo de Hong Kong proibiu as manifestações alegando restrições sanitárias devido à pandemia. Mesmo assim, em 2020, milhares de moradores do território autônomo foram ao parque. Porém, em 2021, a manifestação não chegou ao local porque mais de 3 mil policiais foram deslocados para evitar o ato.
Este ano, segundo o comunicado da polícia local, reproduzido pela CNN, a Covid-19 segue como justificativa para proibir a manifestação, mas as autoridades também apontaram uma portaria de ordem pública e alertaram que aqueles que anunciarem ou organizarem “reuniões ilegais” podem ser processados e presos.
Depois dos protestos por democracia ocorridos em Hong Kong entre 2019 e 2020, uma Lei de Segurança Nacional, imposta pela China, foi implantada no território e tem sido a base para prisões e processos judiciais contra ativistas, dissidentes políticos e jornalistas locais.