O empresário Horacio Cartes jurou nesta quinta-feira (15) o cargo de presidente do Paraguai em um ato realizado em frente ao Palácio de Governo e se tornou assim o oitavo governante democrático do país depois da ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989).
Cartes jurou o cargo sobre uma Bíblia que foi segurada por sua filha mais velha em um ato ao ar livre com a presença de cinco presidentes da América Latina. Momentos antes, Juan Afara jurou como vice-presidente do Paraguai.
Em discurso feito após jurar seu cargo, Cartes, agradeceu a "presença de duas distintas damas" em sua posse, as presidentes da Argentina, Cristina Kirchner e do Brasil, Dilma Rousseff.
Ele elogiou Cristina e Dilma pela "iniciativa que tomaram para construir relações prósperas e positivas" em benefício de seus povos. Além disso, o governante paraguaio cumprimentou os líderes dos países "irmãos" que assistiram a cerimônia.
Apenas cinco chefes de Estado latino-americanos estiveram presentes no juramento de Cartes: além de Dilma e Cristina, os presidentes chileno, Sebastián Piñera, peruano, Ollanta Humala, e uruguaio, José Mujica.
O novo presidente paraguaio se reuniu na quarta-feira (14) à noite com Dilma e Piñera e hoje deve se encontrar com Cristina e Mujica, disse um porta-voz presidencial.
Também estão presentes na posse de Cartes o Príncipe Felipe, em representação da Espanha, e o presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou.
A cerimônia de posse marcou a reconciliação do Paraguai com os outros três estados fundadores do Mercosul, Argentina, Brasil e Uruguai, que em 2012 suspenderam o país do bloco pela destituição de Fernando Lugo como presidente. Após esta medida, a Venezuela foi incorporada ao cargo como membro pleno, apesar do Paraguai não aprovar sua entrada.
Cartes não convidou para sua posse o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e em represália Bolívia e Equador não enviaram representantes à cerimônia.
Maduro foi declarado "persona non grata" no Paraguai em junho de 2012, quando era chanceler de Hugo Chávez, durante a crise política que derivou no julgamento político Senado que definiu a destituição de Lugo.