Hospitais americanos começarão a receber na segunda-feira (14) lotes da vacina contra a Covid-19 da Pfizer/ BioNTech, que recebeu aprovação da agência regulatória de medicamentos dos EUA na noite de sexta-feira.
O chefe da Operação Warp Speed, general Gustave Perna, disse à imprensa na manhã deste sábado que cerca de 3 milhões de doses da vacina, que precisa ser armazenada em temperaturas baixíssimas, estão sendo distribuídas por aviões e caminhões aos estados americanos. Ele comparou a missão ao Dia D, do desembarque dos aliados na Normandia na Segunda Guerra Mundial.
"Vocês me ouviram descrever o dia de hoje como o Dia D. Alguns pensaram que eu me referia ao dia da distribuição. Na verdade, Dia D, entre os militares, designa o dia que a missão começa. O Dia D foi um momento de virada crucial na Segunda Guerra Mundial. Foi o princípio do fim. O Dia D foi o começo do fim, e é aqui que estamos hoje", disse Perna.
O chefe da operação, que é uma parceria entre o governo federal americano e empresas privadas para acelerar a distribuição de vacinas e medicamentos para combater a pandemia, estima que a vacina chegará a 145 locais, a maioria hospitais de grandes redes, na segunda-feira, e a outros 425 locais na terça-feira. Outros 66 locais receberão os carregamentos na quarta-feira, finalizando a entrega dos suprimentos para 636 locais.
A entrega inicial inclui 2,9 milhões de doses. A mesma quantidade de será enviada daqui a 21 dias para a aplicação da segunda dose do imunizante. Os primeiros a receberem a vacina nos EUA serão os 21 milhões de profissionais de saúde do país e os 3 milhões de residentes de casas de assistência, segundo as recomendações do Centro para Prevenção e Controle de Doenças (CDC) americano.
A complexa operação logística envolve a distribuição de kits com agulhas e algodões com álcool para os locais que estão recebendo lotes da vacina.
Perna detalhou que os profissionais de saúde têm prioridade porque estão mais expostos ao vírus e representam um papel fundamental no controle da pandemia e começarão a receber a vacina nos próximos dias.
Nos Estados Unidos, as mortes pelo novo coronavírus passam de 296 mil, entre mais de 15,9 milhões de infectados, segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins. O país registrou mais de 3 mil óbitos pela enfermidade pelo terceiro dia seguido na sexta-feira.
Segundo o Washington Post, na sexta-feira, mais de 108 mil pessoas estavam internadas com Covid-19 em hospitais do território americano.
Com 330 milhões de habitantes, cerca de 4% da população mundial, os EUA representam cerca de 20% das mortes e 22,5% dos casos confirmados de Covid-19 no mundo. Ao atingir a marca de 293 mil mortos na sexta-feira (11), a quantidade de mortes pelo coronavírus nos EUA ultrapassou o número de soldados americanos mortos em combate na Segunda Guerra Mundial - que é de 291.557, segundo o Departamento de Assuntos de Veteranos.
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