Funcionários de um hospital na cidade chinesa de Xi'an foram demitidos depois que uma mulher grávida teve acesso negado devido às restrições por causa da pandemia. Sem atendimento, ela perdeu o bebê.
A mulher chegou ao hospital Gaoxin na noite de 1 de janeiro em trabalho de parto, mas sua entrada foi recusada supostamente porque o seu teste negativo para Covid-19 tinha passado quatro horas da validade.
O governo da cidade anunciou nesta quinta-feira que o diretor do hospital foi suspenso e que os diretores dos departamentos médico e ambulatorial foram demitidos.
Um comunicado do governo diz que o incidente "causou ampla preocupação na sociedade e um severo impacto social". A Associated Press noticiou que o comunicado foi lido em entrevista coletiva pelo secretário de saúde da cidade, Liu Shunzhi, que pediu desculpas à mulher, que está se recuperando no hospital.
Autoridades da cidade de Xi'an e da província de Shaanxi disseram que estão investigando o caso e que a morte do bebê foi um "acidente causado por negligência". O diretor da comissão de saúde da cidade recebeu uma advertência formal do Partido Comunista da China por falhas nos cuidados de emergência.
Segundo relatos e um vídeo que circulou amplamente pelas redes sociais chinesas, a mulher estava com dores abdominais e foi forçada a esperar do lado de fora do hospital, sentada em uma banqueta durante duas horas. Ela então teve um forte sangramento e finalmente foi admitida no hospital, mas o bebê morreu.
A cidade de Xi'an, de 13 milhões de habitantes, está sob um rígido lockdown desde 23 de dezembro, devido a um surto de Covid-19. As restrições têm dificultado a vida dos cidadãos, que não conseguem comprar alimentos e itens básicos com facilidade. Cerca de 1.800 infecções por coronavírus foram registradas na cidade desde 9 de dezembro.
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