A equipe médica de um hospital de Nova Orleans está sendo investigada pela acusação de ter deliberadamente matado pacientes que foram vítimas do furacão Katrina, segundo reportagem publicada nesta quarta-feira pela rede americana CNN. A unidade é a segunda maior companhia de seguro-saúde dos Estados Unidos.

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O advogado-geral da Louisiana, Charles Foti, está investigando o que ele chama de acusações críveis de que o Centro Médico Memorial praticou eutanásia em pacientes, nos dias seguintes à tragédia. O advogado disse à CNN que o caso era "muito bom".

A empresa Tenet Healthcare, baseada em Dallas, no Texas, afirmou que não vai comentar a investigação em seu hospital em Nova Orleans. A companhia apenas informou que está cooperando com as autoridades.

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Enfermeiros, médicos e parentes dos pacientes disseram à CNN que o centro médico estava mal equipado para enfrentar o furacão e suas conseqüências, principalmente em relação à evacuação de pessoas.

Acusações de eutanásia no hospital surgiram uma semana após o furacão. Uma semana depois, no dia 13 de setembro do ano passado, o presidente do centro, Rene Goux negou à CNN ter conhecimento das alegações, emboras ele estive dentro da unidade, coordenando a evacuação.

Desde então, o hospital Tenet recusou pedidos por entrevistas.

O diretor do Centro de Bioética, Arthur Caplanat, da Universidade da Pensilvânia, disse que a Tenet tem um histórico de promoção de lucros sobre o tratamento de pacientes. Caplanat é especialista em políticas de saúde e ética.

A Tenet foi criada em 1995, depois de um escândalo sobre fraudes em seguro-médico, praticadas por sua predecessora, as Empresas Médicas Nacionais. Recentemente, instalações da Tenet Healthcare nos EUA foram submetidas a investigações e enfrentaram processos.

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