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tiroteio em massa

Hotel processa sobreviventes do massacre em Las Vegas 

Nesta foto de arquivo, uma mulher reza ao lado de 58 cruzes brancas em homenagem às vítimas do tiroteio em massa de 1º de outubro de 2017. Ao fundo o hotel Mandalay Bay | ROBYN BECKAFP
Nesta foto de arquivo, uma mulher reza ao lado de 58 cruzes brancas em homenagem às vítimas do tiroteio em massa de 1º de outubro de 2017. Ao fundo o hotel Mandalay Bay (Foto: ROBYN BECKAFP)

A empresa proprietária do hotel onde um atirador abriu fogo contra milhares de pessoas em um festival de música country em Las Vegas, em outubro do ano passado, abriu processos contra mais de 1.000 sobreviventes do massacre, argumentando que "não tem responsabilidade de nenhum tipo" pelo ataque.

As ações, ajuizadas na semana passada em um tribunal federal, ocorrem nove meses após o tiroteio mais letal da história moderna dos EUA. Do 32º andar do hotel Mandalay Bay Resort and Casino, Stephen Paddock matou 58 pessoas e feriu centenas. Depois de disparar contra a multidão por mais de 10 minutos, a polícia afirma que o atirador se suicidou. 

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O impacto do massacre de 1º de outubro de 2017 foi impressionante. Além das vítimas fatais, mais de 700 ficaram feridos, enquanto incontáveis continuam a sofrer cicatrizes psicológicas. 

A MGM Resorts International, dona do Mandalay Bay, entrou com uma ação no Tribunal Distrital dos EUA em Nevada e outra no Tribunal Distrital dos EUA na Califórnia. As denúncias foram apresentadas contra pessoas que se dizem feridas e vivem nesses estados. 

"Desde o dia desta tragédia nós nos concentramos na recuperação daqueles impactados pelo ato desprezível de um indivíduo do mal", diz Debra DeShong, porta-voz da MGM Resorts, em um comunicado. "Enquanto esperávamos o litígio que se seguiu, também sentimos que as vítimas e a comunidade deveriam ser capazes de se recuperar e encontrar uma solução em tempo hábil". 

Os processos apresentados pela MGM não buscam dinheiro das vítimas, mas pedem aos tribunais que concordem que, de acordo com a lei federal, quaisquer reclamações de violência "devem ser descartadas". O argumento é que a empresa está protegida contra ações judiciais por uma lei federal conhecida como a Lei da Segurança, que foi aprovada após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 e pode limitar a responsabilidade após ataques. As novas ações pedem aos tribunais que declarem que esta lei "impede qualquer conclusão de responsabilidade" contra a MGM. 

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As queixas apresentadas afirmam que "não há litígios pendentes" entre a MGM e qualquer um dos acusados decorrentes do ataque. 

De acordo com os processos da MGM, mais de 2.500 pessoas processaram a empresa ou ameaçaram fazê-lo. São algumas dessas pessoas que agora aparecem como réus nas ações impetradas pela empresa.

Advogados de alguns sobreviventes do massacre não responderam aos pedidos de comentários na terça-feira.

Ainda há questões a serem respondidas 

Quase um ano após o massacre, alguns detalhes sobre o tiroteio permanecem sem resposta. A polícia disse que não sabe o que poderia ter motivado o atirador, que, segundo as autoridades, gastou um tempo considerável acumulando armas para o ataque. 

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Nas últimas semanas, a polícia divulgou vários documentos, clipes de áudio e vídeos relacionados ao tiroteio, alguns dos quais lançaram luz sobre o que aconteceu naquela noite. Os materiais incluíram imagens da câmera que estava fixada ao corpo de um dos primeiros oficiais que entrou no quarto onde estava o atirador e relatos de sobreviventes e policiais.

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