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A milícia Houthi, do Iêmen, afirmou nesta terça-feira (19) que a coalizão internacional formada pelos Estados Unidos para proteger a navegação marítima no Mar Vermelho é uma “aliança para proteger Israel e seus navios”, e que ela “faz parte da agressão contra o povo palestino, Gaza e as nações árabes e islâmicas”.
Segundo informações da agência Reuters, o escritório político da milícia extremista disse, por meio de um comunicado, que a coalizão dos EUA “contradiz o direito internacional” e não protege a navegação marítima, mas a “ameaça e busca militarizar o Mar Vermelho em benefício de Israel”.
“A coalizão internacional que a América anunciou sob o pretexto de proteger a navegação marítima no Mar Vermelho é uma aliança para proteger a entidade israelense e proteger os navios israelenses. É uma parte integrante da agressão contra o povo palestino, Gaza e as nações árabes e islâmicas”, diz o comunicado.
Os Estados Unidos lançaram nesta segunda-feira (18) uma operação multinacional para proteger o comércio no Mar Vermelho, após ataques dos Houthis, que são apoiados pelo Irã, obrigarem grandes empresas de transporte a mudar de rota, aumentando a preocupação com interrupções sustentadas no comércio global.
A milícia Houthi, que desde o mês passado disparou drones e mísseis contra navios internacionais que navegavam pelo Mar Vermelho, disse que esses ataques são uma “resposta” ao “devastador bombardeio de Israel à Faixa de Gaza”, controlada pelos terroristas do Hamas desde 2007.
“O exército iemenita não representa nenhuma ameaça a nenhum país, só visamos navios israelenses ou navios que se dirigem a portos israelenses”, afirmou.
Mais cedo, um homem identificado como Mohammed Ali al-Houthi, membro do Conselho Político Supremo do Iêmen, disse à TV iraniana Al-alam que qualquer país que se mova contra o Iêmen “terá seus navios alvejados no Mar Vermelho”, informou a Reuters.
