Os rebeldes extremistas xiitas houthis do Iêmen reivindicaram nesta segunda-feira (7) dois novos ataques com mísseis e “vários drones” contra Tel Aviv e o porto de Eilat, afirmando que atingiram seus objetivos "com sucesso”.
O porta-voz militar houthi, Yahya Sarea, disse que as operações militares foram lançadas em apoio à “resistência em Gaza e no Líbano e por ocasião do primeiro aniversário de 7 de outubro” de 2023, uma referência ao ataque do grupo terrorista palestino Hamas contra Israel que matou 1,2 mil pessoas.
“A primeira operação teve como alvo dois alvos militares do inimigo israelense na região ocupada de Jaffa [como chamam Tel Aviv] com dois mísseis, o primeiro do tipo Palestine2, que conseguiu atingir seu alvo, e o segundo com um míssil Zulfiqar [...] e a operação atingiu seus alvos com sucesso”, afirmou Sarea em comunicado.
"Antes, as Forças Armadas do Iêmen [como os houthis se autodenominam] lançaram vários drones contra alvos na região de Jaffa e Umm al Rashrash [como se referem a Eilat], no sul da Palestina ocupada [como se referem a Israel], com drones Jaffa e Sammad4, e vários desses drones atingiram seus alvos com sucesso”, acrescentou.
Mais cedo, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel para o idioma árabe (FDI), Avichay Adraee, declarou que as defesas israelenses interceptaram um míssil terra-terra lançado do Iêmen contra o centro do país, onde os alarmes de ataque aéreo foram acionados nesta tarde.
Alarmes também soaram na cidade de Tel Aviv e no Aeroporto Internacional Ben Gurion, e um voo de Sofia foi desviado para pousar no Aeroporto Internacional Queen Alia, na Jordânia, de acordo com o portal de rastreamento de voos Flightradar24.
O porta-voz dos houthis elogiou os “heróis da resistência em Gaza, Cisjordânia e Líbano” e declarou que seu grupo extremista “continuará com as operações militares contra o inimigo israelense e a impor um bloqueio naval até que a agressão cesse, o cerco imposto a Gaza seja levantado e a agressão contra o Líbano termine”.
Os houthis pertencem ao ramo xiita do islamismo, o mesmo dos líderes do regime islâmico do Irã, e controlam grande parte do centro, norte e oeste do Iêmen desde que pegaram em armas em 2014 contra o governo iemenita reconhecido internacionalmente.
Desde novembro de 2023, eles têm alvejado navios israelenses e ocidentais ligados a Israel nos mares Vermelho e Arábico com mísseis e drones para prejudicar economicamente Israel. Eles também lançam mísseis contra o país, a grande maioria dos quais é interceptada pelas defesas israelenses.
Em resposta a essas ações, aviões israelenses bombardearam duas vezes o porto iemenita de Al Hodeida, usado pelos houthis, mais recentemente no final de setembro, matando cinco pessoas, de acordo com o grupo.