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Os rebeldes houthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, sequestraram funcionários das Nações Unidas e de outras organizações na capital do país, Sanaa.
A informação foi divulgada à agência Reuters nesta sexta-feira (7) por autoridades do governo internacionalmente reconhecido do Iêmen, apoiado pela Arábia Saudita e que enfrenta os houthis numa guerra civil desde 2014 (atualmente, um cessar-fogo está vigente).
Segundo esses relatos, em ações realizadas na quinta-feira (6), os houthis sequestraram nove funcionários da ONU, três do grupo pró-democracia financiado pelos EUA Instituto Nacional Democrático (NDI, na sigla em inglês) e três de um grupo local de direitos humanos.
Os funcionários da ONU sequestrados trabalham para os escritórios de Direitos Humanos e de Assuntos Humanitários. Os houthis, considerados um grupo terrorista pelos Estados Unidos, ainda não se pronunciaram sobre o assunto.
Anteriormente, os houthis já haviam sequestrado funcionários da embaixada dos Estados Unidos no país, fechada desde 2014. Ao menos 20 deles seguem em poder do grupo. Outros funcionários de agências da ONU também haviam sido sequestrados antes do episódio desta quinta-feira.
Os houthis controlam Sanaa e grande parte do norte do Iêmen. O governo reconhecido internacionalmente do país está atualmente sediado na cidade de Aden, no sul iemenita.
Os houthis iniciaram em outubro ataques a navios mercantes na região do Mar Vermelho, alegando ligação com Israel, e também contra navios de guerra de Estados Unidos e Reino Unido.
Esses ataques, na sua maioria neutralizados ou sem conseguir atingir seus alvos, ocorrem em “solidariedade” ao grupo terrorista Hamas, com quem Israel trava uma guerra na Faixa de Gaza.