O líder dos rebeldes houthis do Iêmen, Abdelmalek al Houthi, afirmou nesta quinta-feira (22) que o grupo apoiado pelo Irã começará a usar “armas submarinas” em seus ataques contra navios comerciais e de guerra no Mar Vermelho, onde os terroristas intensificaram suas ações recentemente.
“Nestas operações, caminhamos também para uma escalada em termos de intensidade e tipo. Isto implica a ativação de mísseis, drones, navios militares e a introdução de armas subaquáticas, o que é preocupante para o inimigo”, disse Al Houthi em um discurso televisionado.
Desde 19 de novembro do ano passado, os rebeldes lançaram dezenas de ataques contra navios mercantes no Mar Vermelho, alegando que estavam ligados a Israel, e também contra navios de guerra de Estados Unidos e Reino Unido, estacionados naquelas águas para proteger a navegação comercial.
Ainda que esta seja a primeira vez que os houthis se manifestam sobre o uso de armas subaquáticas, o Comando Central dos EUA (Centcom) anunciou no sábado passado (17) que lançou um ataque contra “uma embarcação subaquática não tripulada (UUV)” que estava sendo preparada pelos insurgentes.
Até agora, o movimento xiita atacou um total de 48 navios no Mar Vermelho e no Mar Árabe, principalmente com drones e mísseis navais, segundo Al Houthi.
O líder rebelde também fez referência a Washington e Londres, que desde meados de janeiro lançaram diversas operações contra posições dos houthis no Iêmen, ações que conseguiram destruir dezenas de lançadores de mísseis e outro tipo de armas.
Apesar de reconhecer que estes dois países “possuem capacidades avançadas” para interceptar mísseis e drones, Al Houthi alegou que “não conseguiram limitar as operações de lançamento nem impediram que os projéteis atingissem seus alvos”.
“Novos mísseis foram desenvolvidos e os mísseis disponíveis foram melhorados a tal ponto que os americanos são incapazes de interceptá-los e derrubá-los com todas as tecnologias e capacidades que possuem”, gabou-se.
Os houthis aumentaram seus ataques no Mar Vermelho desde que sua designação como grupo terrorista por Washington entrou em vigor, em 17 de fevereiro, uma medida que, segundo eles, os legitima para um confronto direto com os EUA.