O grupo extremista rebelde Houthi, do Iêmen, declarou nesta segunda-feira (16) ter conduzido um ataque com um míssil balístico hipersônico contra Tel Aviv, em Israel, classificando a operação como um "sucesso". Apesar disso, as Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que o projétil foi interceptado antes de atingir seu alvo.
De acordo com um comunicado emitido pelo porta-voz militar dos Houthis, Yahya Sarea, o ataque foi uma resposta a operação israelense de combate ao Hamas em Gaza e continuará enquanto as ações no território palestino prosseguirem.
"A operação alcançou seus objetivos com sucesso", afirmou Sarea, acrescentando que os rebeldes "continuarão suas operações contra Israel até que a agressão contra Gaza seja interrompida e o bloqueio seja suspenso".
As FDI confirmaram que alarmes soaram em Tel Aviv devido à ameaça de estilhaços resultantes da interceptação do míssil lançado do território iemenita. O serviço de emergência israelense, Magen David Adom, relatou que não houve vítimas no incidente.
Intensificação dos ataques
Este não foi um caso isolado. Na última sexta-feira (13), os Houthis reivindicaram outros dois ataques direcionados às cidades de Tel Aviv e Ashkelon, além do envio de drones em colaboração com milícias xiitas do Iraque para atingir "alvos vitais" no sul de Israel.
Desde novembro de 2023, o grupo tem intensificado suas ofensivas contra Israel, utilizando drones e mísseis para atingir navios comerciais no Mar Vermelho e no Oceano Índico, além de realizar ataques diretos ao território israelense. Segundo os rebeldes, essas ações têm como objetivo enfraquecer economicamente Israel e demonstrar solidariedade à causa palestina.
Os Houthis também afirmaram responsabilidade por ataques contra navios militares e comerciais supostamente ligados a Israel, em uma tentativa de ampliar o impacto de sua campanha.