O presidente venezuelano, Hugo Chávez, denunciou neste domingo (23) que está sendo atacado por setores de imprensa e congressistas brasileiros, em uma campanha para impedir uma aliança entre Brasil e Venezuela. Segundo ele, Lula sabe dessa estratégia, que serviria para "manter a dominação" da América do Sul.
Chávez disse ainda que não insultou o Congresso brasileiro durante sua visita a Manaus. "É absolutamente falso que eu tenha ido a Manaus para fazer questionamentos sobre o governo, o Senado ou o Congresso, nem sobre as instituições do Brasil", ressaltou. Ele reclamou da demora dos parlamentares brasileiros em aprovar a entrada da Venezuela no Mercosul.
"Estou seguro que é a mão do império, a mão norte-americana. Se a Venezuela não ingressa no Mercosul será vitória para o império", disse Chávez em Manaus.
O presidente venezuelano também comentou as declarações do senador Tião Viana (PT-AC) - que o chamou de louco e disse que Chávez não possuía estatura para ser presidente - e afirmou ter sido vítima de "uma agressão totalmente gratuita".
Além do PT, o chefe da bancada no Congresso do PSDB, Arthur Virgílio, confirmou que vetará no Congresso a entrada da Venezuela no Mercosul.
"Caso dependa do PSDB, a Venezuela de Chávez não terá sua entrada no Mercosul aprovada", disse Virgílio, acrescentando que o partido fará "o possível e o impossível" para impedi-la.
Chávez afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que ele era "muito consciente" e reforçou seu apoio ao desejo da Venezuela de fazer parte do Mercosul, para o qual resta a aprovação dos Congressos de Brasil e Paraguai.
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