Lima - O presidente eleito Ollanta Humala afirmou que o Peru deseja ter laços mais próximos com o Mercosul. Humala, que toma posse para um mandato de 5 anos em 28 de julho, reuniu-se na segunda-feira com o presidente uruguaio, José Mujica, em Montevidéu, e ontem com a presidente Cristina Kirchner, da Argentina.
Em comunicado, Humala disse que seu governo participará dos mecanismos de integração política regional, como o Mercosul. Ele notou, porém, que em alguns aspectos as mãos do governo peruano estão atadas por vários acordos de livre comércio já negociados.
"Nós temos mais de 10 acordos de livre comércio e há um problema com tarifas que nos impedem de nos integrar ao Mercosul. Mas nós podemos participar, se outros membros do Mercosul permitirem, em outros tipo de mecanismos mais políticos", explicou Humala.
O Peru tem acordos de livre comércio com os Estados Unidos, a China, o Canadá e outras nações. O Mercosul é um acordo político e econômico entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A Venezuela ainda depende da aprovação do Congresso paraguaio para tornar-se membro efetivo. Há também vários membros associados, como o próprio Peru.
Desde que venceu o segundo turno, em 5 de junho, Humala tem falado em fortalecer os laços com os demais países latino-americanos.
O presidente eleito do Peru disse que conversou com Cristina sobre "questões sociais, econômicas, culturais, de segurança e narcotráfico". Humala concedeu uma entrevista coletiva após o encontro, mas a presidente argentina não deu declarações. Na Argentina vivem 300 mil peruanos, uma das maiores comunidades de estrangeiros do país.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião