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O grupo de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) condenou nesta terça-feira (1º) o Hamas, grupo islamita que governa a Faixa de Gaza, por ter dissolvido uma manifestação em apoio ao levante no Egito, um dia depois de o grupo ter acusado a Autoridade Nacional Palestina (ANP) de ter tomado medida semelhante. Segundo o HRW, a polícia de Gaza deteve seis mulheres e intimidou outras 20 que se reuniram num parque, nesta segunda, em apoio aos protestos contra o governo no Egito.

Testemunhas disseram que três mulheres foram levadas num carro sem placas por homens à paisana, enquanto outras, que tentaram deixar o local, foram abordadas e tiveram de entregar seus documentos de identificação e telefones celulares.

Na delegacia, as mulheres tiveram de assinar um termo de compromisso afirmando que não participariam de manifestações organizadas sem a permissão da polícia. Pelo menos uma mulher levou tapas no rosto e teve os cabelos puxados, disseram testemunhas à HRW.

"As autoridades do Hamas deveriam parar de interferir arbitrariamente em manifestações pacíficas sobre o Egito ou qualquer outro assunto", disse Sarah Leah Whitson, diretora para o Oriente Médio do grupo, sediado em Nova York. "Os policiais que realizam detenções ilegais e abusam de manifestantes devem ser responsabilizados."

Nesta segunda, o HRW criticou a Autoridade Nacional Palestina (ANP) por ter interrompido uma manifestação na Cisjordânia, realizada em apoio aos protestos egípcios e perseguido os que a organizaram pelo site de relacionamentos Facebook. Os palestinos têm acompanhado os acontecimentos no Egito e, antes, o levante na Tunísia, mas nem ANP nem o Hamas fez qualquer comentário formal sobre os episódios. As informações são da Dow Jones.

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