Estônia é o 17.º membro da zona do euro
A zona do euro, o grupo de países da União Europeia que adota a moeda única, ganhou ontem seu 17.º membro e melhor aluno. A Estônia, dona das melhores estatísticas econômicas do continente, adota em 2011 a divisa, dando de ombros para o mercado financeiro e para a ameaça de insolvência que rondou países como a Grécia, a Irlanda, a Espanha e Portugal em 2010.
A adesão era esperada como um passo natural pelo 1,3 milhão de habitantes do país desde sua integração à União Europeia, em 2004. Para tanto, o país se preparou: seu déficit público fechou 2009 dentro das normas do Pacto de Estabilidade 1,7%, contra 3% exigidos e a relação dívida/Produto Interno Bruto (PIB) é uma das mais baixas do bloco, 7,2%, contra 60% de máximo exigido.
Budapeste - A Hungria assumiu ontem, por seis meses, a presidência da União Europeia (UE) tendo como principal desafio a crise da zona euro, da qual não faz parte. A presidência húngara, que terá como slogan "Uma Europa forte", também será marcada pelo início das delicadas negociações sobre o orçamento plurianual da UE e a integração dos ciganos.
A transferência de comando da Bélgica para a Hungria acontece em um momento complicado. O governo húngaro vem sendo objeto de duras críticas pela reforma realizada nos meios de comunicação, qualificada pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) de "ameaça à liberdade de imprensa". Alemanha e Luxemburgo também expressaram publicamente preocupação.
Mas o grande desafio da presidência húngara ainda é a crise da dívida na zona do euro. Budapeste tenta convencer os parceiros europeus há várias semanas de que é capaz de enfrentar a situação, apesar de não integrar a zona euro.
"Nós, húngaros, somos muito bons na gestão de crise", afirmou Viktor Orban recentemente, durante uma visita a Budapeste do presidente permanente da UE, o belga Herman Van Rompuy. A declaração deve ser encarada com cuidado, levando em consideração a quase falência do país em 2008, quando a Hungria foi salva por um empréstimo da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Desde então, o país reduziu o déficit público de mais de 9% para 3,8%.
A presidência húngara corre o risco de ser testada já a partir deste mês, quando Espanha e Portugal, muito fragilizados, terão que buscar nos mercados um refinanciamento para suas dívidas.
Outro desafio serão as complexas negociações sobre o futuro orçamento plurianual da UE (2014-20). A Grã-Bretanha acaba de selar uma aliança com a França e a Alemanha para pedir o congelamento do orçamento até 2020. Os países do leste da Europa temem que o rigor provoque cortes nas ajudas às regiões mais desfavorecidas, das quais são grandes beneficiários.
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