A Hungria começou a correr contra o tempo neste domingo para levantar uma barreira em torno do reservatório que rompeu recentemente e desviar uma nova onda de lama tóxica que ameaça inundar vilarejos já devastados por um primeiro vazamento. O objetivo é ter um vazamento controlado e impedir novo desastre.

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Centenas de voluntários se uniram aos engenheiros para construir uma barragem de 600 metros, de acordo com o secretário de Estado para Proteção Ambiental, Zoltan Illes. Ele explicou que em alguns dias o reservatório que contém resíduos químicos vai começar a vazar novamente.

"Em dois ou três dias vai chover e estamos tentando acelerar as coisas para que possamos terminar a barreira antes das chuvas", disse. "Quando a chuva chegar, a lama remanescente vai ser lavada e a seção Norte da barragem vai contê-la. Isso é iminente. Quando os muros desabarem, a lama vai começar a vazar de novo."

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Os trabalhos de reparo continuam nas partes em que se detectou rompimento do reservatório, mas há temores de que o desastre ambiental se agrave rapidamente. Pelo menos sete pessoas morreram quando a lama de cor vermelha vazou pela primeira vez do reservatório localizado próximo a uma fábrica de alumínio, inundando vilarejos e afluentes do rio Danúbio. Especialistas da unidade de proteção civil da União Europeia estão se dirigindo à Hungria para avaliar o impacto ambiental do desastre e recomendar medidas de descontaminação.

Novo vazamento

Kolontar foi a vila mais afetada pelo desastre e toda sua população, de quase mil habitantes, teve de deixar o local diante da ameaça de novos vazamentos. Muitos foram abrigados em centros esportivos próximos à cidade de Ajkar, enquanto outros se mudaram para casas de parentes.

Mais de 40 pessoas que ficaram feridas por causa da inundação continuam hospitalizadas e "não correm risco de morrer, mas algumas precisarão de cirurgia plástica", afirmou o hospital Veszprem, Jeno Racz.

O primeiro-ministro do país, Viktor Orban, que visitou ontem a região, alertou que o reservatório está tão danificado que um segundo rompimento é "provável" e pode liberar mais 500 milhões de litros da lama corrosiva.

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