Um grande número de refugiados se amontoou na fronteira norte da Sérvia com a Hungria nesta terça-feira (15) depois que a passagem para outros países da União Europeia foi bloqueada por uma cerca de arame farpado que eles não têm como ultrapassar ou contornar.

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Um dia depois que a pressão das pessoas que procuram refúgio da guerra e da pobreza pôs abaixo duas décadas de viagens sem fronteiras dentro da Europa, a Hungria efetivamente fechou a entrada para a UE pelo país, em cenas que lembram os tempos da Guerra Fria.

Famílias com crianças pequenas se sentaram em campos perto da nova cerca de 3,5 metros de altura que se estende por quase todo o trecho da fronteira externa da UE com a Sérvia. A Hungria, ex-país comunista, está sob o comando de um governo de direita.

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As normas que entraram em vigor à meia-noite determinam que eles sejam expulsos se procuram asilo, e serão presos se romperem a cerca, o que milhares fizeram enquanto a barreira estava sendo construída.

Longas filas se formaram num descampado onde os refugiados deveriam se registrar, mas apenas alguns foram vistos entrando na área. As pessoas passaram a noite a céu aberto e estavam recebendo barracas, comida e água de trabalhadores de entidades humanitárias. Nove sírios e sete afegãos foram detidos pela polícia e podem ficar na prisão por suspeita de violar a cerca - as primeiras prisões sob as novas regras.

A Hungria diz que vai permitir que os refugiados peçam asilo. Mas, sob o novo regime, correm o risco de expulsão no prazo de oito dias para Sérvia, que o governo húngaro declarou ser “segura” para os refugiados.

“Não sei o que vou fazer”, disse Riad, de 40 anos, que veio de Aleppo, antes o centro comercial da Síria e agora com muitas áreas reduzidas a escombros desde que a guerra eclodiu em 2011 e levou milhões de sírios a fugirem. “Vou esperar para ver. Perdemos tudo para chegar a este ponto.”

O afluxo de centenas de milhares de imigrantes e refugiados do Oriente Médio, África e Ásia provoca discórdia e recriminações na Europa. Os ministros da UE não conseguiram romper um impasse na segunda-feira sobre a distribuição e a responsabilidade por algumas das pessoas que procuram asilo.

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