O primeiro-ministro da Hungria, Victor Orban, criticou o grande fluxo de imigrantes que chegam ilegalmente à Europa e afirmou que a onda representa uma ameaça para a Hungria e para a Europa. Orban disse ainda que o maior risco vem dos milhões de refugiados “das profundidades da África” que buscam escapar da pobreza. Mais de 90 mil imigrantes entraram de forma ilegal na Hungria apenas neste ano.
O país constrói um muro de quatro metros de arame farpado em sua fronteira com a Sérvia para conter a chegada de estrangeiros. A construção deve ser concluída no próximo mês.
Para Orban, a União Europeia não defendeu seus cidadãos das “massas de imigrantes ilegais” que, segundo ele, ameaçam a identidade cultural dos países europeus e que contribuíram para um aumento do terrorismo, do desemprego e da delinquência.
— A Europa está em jogo. Em particular, a sobrevivência, o desaparecimento, a transformação a níveis irreconhecíveis do estilo de vida do europeu, os valores europeus e as nações europeias — afirmou em discurso durante um festival cultural em Baile Tusnad, na Romênia.
— A questão agora não é apenas em que tipo de Europa os húngaros gostariam de viver. Mas sim se continuará existindo o que hoje chamamos de Europa — indagou.
Segundo o premier, o país não tem condições de impedir a chegada de terroristas entre as grandes massas de imigrantes. Orban acusou, ainda, que há um “drástico aumento” da delinquência nos locais habitados por imigrantes ilegais.
— Gostaríamos que a Europa continuasse pertencendo aos europeus. Queremos preservar a Hungria húngara — concluiu.