A Hungria faz pressão para que negociações para a adesão da Ucrânia à União Europeia (UE) não sejam colocadas em pauta na cúpula do bloco, que será realizada na próxima semana em Bruxelas.
Em uma publicação no Facebook na terça-feira (5), o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Péter Szijjártó, alegou que a Ucrânia não reúne condições para entrar na UE.
“A posição da Hungria em relação à adesão da Ucrânia à União Europeia é bem pensada e bem fundamentada, não há chantagem nem mesmo qualquer ‘jogo’ nela”, escreveu Szijjártó.
“Ainda não vemos – nem o povo húngaro, nem o Parlamento húngaro, nem o governo húngaro – por que razão o início apressado das negociações com a Ucrânia seria bom para a Europa. A Ucrânia está simplesmente muito longe de apresentar condições para a adesão ou mesmo para negociações sobre a mesma, e seria mais oportuno desenvolver primeiro uma parceria estratégica”, disse o ministro.
A exemplo do que o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, havia feito numa carta enviada ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, Szijjártó pediu que a proposta de início de negociações com a Ucrânia para a adesão seja retirada da pauta da cúpula da semana que vem.
Nesta quarta-feira (6), o partido de Orbán apresentou uma resolução no Parlamento da Hungria pedindo ao governo para que não apoie o início das negociações sobre a adesão ucraniana – lembrando que, com a resistência húngara, hoje não há condições para que Kiev entre no bloco: a adesão de novos países-membros à UE exige unanimidade entre os que já a integram.
Em novembro, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, recomendou a abertura de negociações sobre a adesão da Ucrânia à UE, argumentando que Kiev já implementou 90% das reformas exigidas pelo bloco.
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