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Manifestação

Hungria tem o maior protesto popular contra o primeiro-ministro Ferenc Gyurcsany

A campanha para derrubar o primeiro-ministro da Hungria, Ferenc Gyurcsany, reuniu neste sábado 40 mil pessoas na Praça do Parlamento, a maior multidão reunida ao longo de uma semana de protestos. Ferenc admitiu ter mentido para ganhar a reeleição em abril último.

A manifestação deste sábado chegou a ser cancelada depois de incidentes violentos ao longo da semana que deixaram 200 pessoas feridas. O grupo de extrema direita Jobbik tinha convocado seus militantes para as ruas neste sábado, o que levou o Fidesz, principal partido de oposição, a temer pelos protestos deste sábado, mas tudo ocorreu sem problemas.

Gyurcsany se recusa a deixar o cargo e recebeu apoio do seu Partido Socialista para apresentar um pacote de cortes orçamentários destinado a conter o enorme déficit do governo, que atinge 10,1% do PIB.

Os protestos aprofundaram a divisão entre a esquerda e a direita na Hungria, ambas acusando-se mutua-mente de fomentar a violência para ganhar terreno antes das eleições de primeiro de outubro.

Uma pesquisa mostrou que a popularidade do governo caiu de 40% nas eleições de abril para 22%, resultado do pacote de aumento de impostos e redução de benefícios. Mas o Fidesz também saiu prejudicado. Para 51% dos entrevistados, seu líder, o oposicionista Viktor Orban, tem parte da responsabilidade pelos distúrbios, enquanto 57% consideram que todos ospolíticos mentem, de modo que a declaração do primeiro-ministro não deveria ter provocado a crise.

Na sexta-feira, o premiê obteve um ligeiro alívio com um relatório preliminar da União Européia que avalia positivamente seu plano para reduzir o déficit a 3,2% do PIB até 2009, o que deixaria a Hungria no caminho de adotar o euro como moeda.

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