A tentativa da União Europeia (UE) de dar uma resposta coordenada à crise de imigração sofreu dois revezes ontem. No primeiro deles, a Hungria anunciou que não aceitará mais pedidos de asilo de pessoas enviadas de volta por países membros da UE. Além disso, líderes do bloco pediram mais prazo para decidir sobre como distribuir os imigrantes de maneira justa.
Com milhares de pessoas buscando entrar na UE todas as semanas, vindas de zonas de conflito no norte da África e no Oriente Médio, países como Itália, Grécia e Hungria dizem que sua capacidade de absorver imigrantes está no limite. O tema pode dominar um encontro de líderes da UE em Bruxelas, que começa hoje.
Na terça-feira, a Hungria informou que não mais vai mais readmitir aspirantes ao asilo que viajaram para outros países da UE após entrarem no continente pelo território húngaro. Na semana passada, o governo informou que pretende construir uma cerca em sua fronteira com a Sérvia.
Pelas regras da UE, os imigrantes devem ter suas digitais registradas quando entram no bloco. Caso eles viajem rapidamente para outro país, as autoridades podem enviá-los à nação de origem, para que seja concluída a avaliação sobre o pedido de asilo. Autoridades húngaras dizem que há muitos imigrantes chegando a suas fronteiras vindos da Grécia, mas que os gregos não os estão registrando.