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A Hungria decidiu na madrugada desta sexta-feira (15) vetar a prometida ajuda de 50 bilhões de euros (R$ 269 bilhões) da União Europeia (UE) à Ucrânia, informou o primeiro-ministro do país, Viktor Orbán, por meio das redes sociais.
"Resumo da noite: veto ao dinheiro extra para a Ucrânia, veto à revisão do MFP (orçamento). Voltaremos ao assunto no próximo ano no Conselho Europeu, após a devida preparação", escreveu Orbán em sua conta oficial no X (antigo Twitter).
A Hungria não havia participado nesta quinta-feira (14) da votação do Conselho Europeu que deu sinal verde para o início das negociações de adesão da Ucrânia à UE por considerá-la uma "decisão errada", segundo o próprio Orbán.
"A Hungria decidiu que, se os 26 [parceiros húngaros da UE] quiserem seguir esse caminho, que o façam. A Hungria não quer fazer parte dessa decisão errada e, portanto, não esteve presente na votação", afirmou Órban em um vídeo postado no Facebook.
Minutos antes, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, havia anunciado no X o início das negociações com a Ucrânia e também com a Moldávia.
Orbán vinha assegurando há semanas que não apoiaria o início das negociações de adesão à UE com a Ucrânia.
Antes da cúpula, o premiê húngaro se reuniu com vários líderes europeus, incluindo o presidente da França, Emmanuel Macron, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, que tentaram convencê-lo a retirar seu veto às negociações e aos 50 bilhões de euros que Bruxelas prometeu à Ucrânia até 2027.
Agora, em seu vídeo, Orbán reiterou que "a posição da Hungria é clara e não mudou" e enfatizou que a Ucrânia não está pronta para iniciar as negociações de adesão.
"Iniciar negociações nessas condições não faz sentido, é irracional e errado", enfatizou o primeiro-ministro húngaro, que é considerado o maior aliado da Rússia na UE. (Com Agência EFE)