O chefe da agência de energia atômica das Nações Unidas afirmou nesta terça-feira que espera que o uso global de energia nuclear continue em expansão apesar da pior crise mundial de radiação em 25 anos na usina nuclear de Fukushima, no Japão.
"Há alguns países como a Alemanha que revisaram (sua política de energia). Mas muitos países ainda acreditam que a geração de energia nuclear é necessária dado o aquecimento global", disse Yukiya Amano, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA).
"A taxa de expansão pode desacelerar, mas certamente continuará crescendo."
Os comentários de Amano seguem um encontro com o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, que disse este mês que o desastre de Fukushima o havia convencido de que o Japão deveria se afastar da energia nuclear e eventualmente não ter usinas atômicas.
Um terremoto de magnitude 9.0 e um tsunami em 11 de março abalaram a usina de energia nuclear Fukushima Daiichi, da Tokyo Electric Power Co's, provocando vazamentos de radiação na atmosfera e no oceano.
O incidente forçou cerca de 80.000 pessoas a deixarem a região ao redor da usina e afetou severamente as vendas de produtos agrícolas, uma vez que níveis de radiação superando padrões de segurança foram detectados em carnes, vegetais e chá.