Partidários do presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, dispararam para o ar nesta quinta-feira para celebrar os relatos de que ele retornaria em breve ao país, que está dividido por um conflito, após passar por cirurgia na Arábia Saudita.

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"Ele superou os problemas de saúde depois de uma operação bem-sucedida para remover um estilhaço... Fontes esperam que ele retorne em breve, após completar sua recuperação e tratar algumas queimaduras leves, superficiais", informou um site oficial do governo.

Saleh foi ferido na sexta-feira, numa ação que autoridades árabes e dos Estados Unidos dizem ter sido a explosão de uma bomba colocada em seu palácio, e não foguetes, como se pensou no início. Ele está sendo tratado em Riad, capital da Arábia Saudita.

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O site do governo iemenita informou que estão sendo feitos preparativos no país para recepcionar Saleh, que rejeitou apelos internacionais para deixar o cargo e assim encerrar o conflito que vem crescendo após meses de protestos pró-democracia no país.

Durante a noite se ouviram disparos em muitas áreas da capital, Sanaa, feitos por unidades do Exército e partidários de Saleh, que celebravam.

O site qualificou como "fabricações" as afirmações dos EUA e de autoridades iemenitas de que o estado de Saleh era grave e afirmou que ele estava recebendo tratamento para queimaduras no rosto e teve removidos estilhaços do peito. Na terça-feira autoridades iemenitas haviam dito que Saleh estava com queimaduras em cerca de 40 por cento do corpo.

Em Riad, um diplomata do Iêmen disse que Saleh iria reunir-se com membros da comunidade iemenita na Arábia Saudita dentro de alguns dias, antes de retornar a Sanaa. Ele afirmou que Saleh passou por uma segunda operação.

"Um pequeno pedaço de estilhaço foi removido ontem e agora ele está fora da unidade de tratamento intensivo", disse o chefe dos assuntos da comunidade iemenita na embaixada do país em Riad, Taha al-Hemyari.

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A volátil situação do país, situado numa área de passagem de petroleiros, alarma as nações ocidentais e a vizinha Arábia Saudita, a gigante do petróleo, que teme que o caos possa dar à rede Al Qaeda livre espaço para se impor no país, que é pobre e montanhoso.

Desde a partida de Saleh o cessar-fogo vem se mantendo em Sanaa, após mais de 200 pessoas terem sido mortas e dezenas terem fugido depois de duas semanas de confrontos entre grupos pró e contra Saleh.

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