O Iêmen está se desintegrando sob os efeitos de uma profunda crise humanitária após meses de guerra civil, afirmou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) nesta terça-feira (11).
A situação se torna ainda mais grave com os cercos impostos por combatentes que, segundo um investigador da ONU, estão levando à inanição.
Após encerrar uma visita de três dias ao país, o presidente do CICV, Peter Maurer, pediu que seja concedido o livre acesso de entregas vitais de alimentos, água e medicamentos. Ele clamou às partes em conflito que trabalhem em direção a uma solução negociada.
“A situação humanitária não é nada menos que catastrófica. Cada uma das famílias do Iêmen foi afetada por esse conflito”, disse Maurer em um comunicado.
Ao menos 4.345 pessoas foram mortas e 22.110 ficaram feridas no conflito desde 19 de março, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira, com base em dados coletados em instalações de atendimento médico iemenitas.
O confronto resulta de uma crise política que se transformou em guerra civil em março, quando forças houthis, aliadas ao Irã e que haviam invadido a capital, Sanaa, avançaram em direção à cidade portuária de Áden, forçando o presidente iemenita, Abd-Rabbu Mansour Hadi, a fugir para a Arábia Saudita.
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