O Iêmen afirmou hoje que expulsou a rede de televisão do Catar Al Jazeera, que segundo o governo estava distribuindo "informações falsas". A administração argumentou que a rede de TV divulgou imagens de tortura em uma prisão iraquiana como se fossem registradas no Iêmen.
A Al Jazeera tem realizado cobertura extensa das revoltas nos países árabes. O anúncio da expulsão da rede foi feito pelo Ministério de Informação iemenita. A pasta, em comunicado divulgado pela agência estatal Saba, acusou a rede de "falta de credibilidade, profissionalismo e imparcialidade" em sua cobertura dos protestos contra o regime.
Em comunicado, o canal não se referiu ao incidente da suposta gravação com origem trocada, mas condenou a expulsão. Segundo a Al Jazeera, seus escritórios em Sanaa foram "saqueados por 20 homens armados". "Nossa equipe no Iêmen tem brava e destacadamente acompanhado os eventos ali há vários anos", afirma nota da rede.
O Iêmen acusa a Al Jazeera de favorecer os opositores do regime. No sábado, ordenou que dois correspondentes do canal deixem o país, alegando que eles trabalhavam ilegalmente e não agiam com profissionalismo.
Na sexta-feira passada, partidários do presidente Ali Abdullah Saleh atacaram a tiros manifestantes pela democracia no país, matando 52 pessoas e gerando protestos internacionais.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”