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Restos caíram em uma área desértica, de acordo com a televisão oficial saudita. | HANDOUTAFP
Restos caíram em uma área desértica, de acordo com a televisão oficial saudita.| Foto: HANDOUTAFP

A força aérea do Iêmen tentou atingir com um míssil balístico de longo alcance o Aeroporto Internacional King Khalid, na capital da Arábia Saudita, Riad, neste sábado. Em mensagem transmitida pela TV Al-Arabiya, o Ministério da Defesa da Arábia Saudita disse que o míssil foi interceptado a nordeste da cidade. Já o Ministério da Defesa do Iêmen disse que o ataque "abalou a capital saudita" e que a operação foi bem sucedida. O órgão disse ainda que foi usado no ataque um míssil balístico de longo alcance fabricado no Iêmen e chamado "Burqan 2H".

Fragmentos do míssil balístico lcaíram em uma área desabitada ao norte da capital, de acordo com a Agência de Notícias Saudita. Uma bateria de mísseis Patriot interceptou o míssil lançado por rebeldes Houthi contra o Aeroporto Internacional King Khalid. Segundo a Autoridade de Aviação Civil do país, os voos não foram afetados. 

O coronel Turki al-Maliki, porta-voz da coalizão liderada pela Arábia Saudita que vem combatendo os Houthis no Iêmen, disse que o lançamento "hostil e indiscriminado" de um míssil contra áreas habitadas é uma violação das leis internacionais. Esta é a primeira vez que um míssil Houthi se aproxima tanto de uma área densamente povoada. 

Sharaf Lukman, um porta-voz das forças lideradas pelos Houthi na capital do Iêmen, Sanaa, disse que o míssil tinha como alvo o aeroporto e que o ataque "foi uma resposta ao massacre cometido pela coalizão liderada pela Arábia Saudita contra civis do Iêmen". 

Forças militares sauditas já interceptaram mísseis lançados pelos Houthis várias vezes desde março de 2015, quando a coalizão iniciou uma ofensiva contra os rebeldes e seus aliados após eles terem capturado o norte do Iêmen e derrubado o presidente apoiado pela Arábia Saudita. 

No passado, os sauditas acusaram o Irã de treinar e fornecer armamentos aos rebeldes. O Irã nega ter fornecido ajuda material, mas admite o apoio político aos Houthis. 

A guerra no Iêmen já deixou mais de 10 mil mortos, de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas. Grupos de defesa dos direitos humanos criticam os Houthis por recrutarem crianças e a coalizão pela morte de civis. 

Nesta semana, um ataque aéreo da coalizão contra um mercado no norte do Iêmen deixou pelo menos 29 mortos, incluindo crianças. Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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