A Igreja Católica argentina considerou que os casamentos entre pessoas do mesmo sexo alteram "os princípios da lei natural", em um documento anterior a uma sessão do Congresso Nacional que pode liberar por lei os matrimônios gays.
A Assembleia de Bispos indicou em um documento que se a união entre pessoas do mesmo sexo for reconhecida "o Estado estará agindo de maneira errada e entrará em contradição com seus próprios deveres ao alterar princípios da lei natural e da ordem pública da sociedade argentina".
"A união de pessoas do mesmo sexo carece dos elementos biológicos e antropológicos do matrimônio e da família", assegura o documento divulgado uma semana antes do debate legislativo.
Uma comissão do Congresso aprovou que os deputados discutam possivelmente na próxima semana um projeto que impulsiona a reforma do Código Civil para mudar a expressão "marido e mulher" pelo termo "contraentes".
Caso seja aprovado, a Argentina será o primeiro país da América Latina a ter uma legislação que autoriza as uniões entre pessoas do mesmo sexo, enquanto a capital mexicana é a primeira cidade da região a ter aprovado os casamentos gay por lei da Câmara dos Vereadores.