Uma igreja da Holanda anunciou nesta quarta-feira (30) que vai pôr fim à maratona religiosa de três meses de culto ininterrupto, medida adotada para impedir a deportação de uma família armênia, após um acordo que permitirá que eles permaneçam no país.
A família Tamrazyan – formada por pai, mãe e três filhos – teve negado seu pedido de asilo depois de viver quase nove anos na Holanda, apesar de eles terem afirmado que estariam em perigo caso retornassem a seu país.
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Eles se refugiaram em outubro na igreja Bethel de Haia, que tirou proveito de uma lei holandesa que impede que autoridades conduzam operações em um local no qual serviços religiosos estejam sendo realizados.
Desde então, 650 pastores de todo o país, da França, da Alemanha e da Bélgica mantiveram o culto em andamento.
O acordo do governo holandês permite revisar as demandas de asilo negadas de cerca de 700 crianças que cresceram no país.
A igreja Bethel "põe fim aos ofícios contínuos organizados desde 26 de outubro", declarou o presidente do conselho geral da Igreja protestante de Haia, Theo Hettema.
"O acordo político alcançado na terça oferece à família armênia Tamrazyan uma perspectiva de futuro na Holanda", diz o comunicado.
O último culto na igreja ocorreu nesta quarta às 13h30 locais (10h30 pelo horário de Brasília). Os Tamrazyan chegaram à Holanda há nove anos, após o pai receber ameaças na Armênia por suas atividades políticas.