O governo provincial de Liaoning, na China, suspendeu as atividades de uma igreja local acusada de funcionar como uma "organização social ilegal". O fechamento da comunidade foi realizado pelo Gabinete de Assuntos Civis da região, ligado ao Partido Comunista Chinês (PCC), cujo líder é o ditador Xi Jinping.
Segundo as leis chinesas, qualquer instituição religiosa não listada no “sistema de investigação de informações de organizações sociais legalmente registadas” é suscetível de se enquadrar na prática de atividades ilícitas pelo governo.
Para as autoridades de Liaoning, a igreja doméstica funcionava “sob o disfarce de um grupo social, violando as disposições do Regulamento sobre o Registo e Gestão de Organizações Sociais”.
Com isso, a justificativa de fechamento da comunidade foi “salvaguardar eficazmente os direitos e interesses legítimos do povo, garantindo a segurança nacional e a estabilidade social”.
O governo ainda ressaltou por meio de um comunicado público que verificasse a identidade jurídica das organizações sociais ao participar de atividades relevantes para evitar ser “enganado” e, consequentemente, punido.
Sistema de vigilância constante
Na China, regida pelo Partido Comunista (PCC), as organizações e indivíduos devem fornecer ativamente provas das atividades realizadas, incluindo as igrejas domésticas.
Os líderes responsáveis pela administração dos espaços devem compartilhar informações sobre o funcionamento das instituições como nome, organizador, participantes, horário das atividades, local das atividades, site e telefone. Todas essas informações devem então ser fornecidas ao Centro de Serviços Governamentais.
No último final de semana, o ditador Xi Jinping realizou uma visita “surpresa” à região de Xinjiang, onde incentivou as autoridades locais a preservar a "estabilidade social conquistada com esforço" e intensificar os esforços para conter as atividades religiosas consideradas “ilegais" pelo governo.
Essa foi a segunda visita de Xi à região desde o início da repressão rigorosa que o regime comunista vem realizando contra os uigures, minoria muçulmana de Xinjiang, há quase uma década. A primeira visita de Xi Jinping à região ocorreu em junho do ano passado.