Curitiba Duas brasileiras estão abrigadas no Estádio Superdome, em Nova Orleans, nos Estados Unidos, em razão das enchentes provocadas pela passagem do furacão Katrina. Muito assustadas, a publicitária curitibana Mônica Vassão, 25 anos, e a mineira Letícia Figueiredo Alvarez da Silva Campos, 21 anos, telefonaram para suas famílias dizendo que dependem de socorro para sair do local.
Vera Vassão, mãe de Mônica, conta que a filha estava desesperada. "Ela foi passar o fim de semana na cidade e não pôde mais sair de lá com a passagem do furacão Katrina. Mônica disse que havia muitos mortos no estádio e pessoas desidratadas. Além disso, contou que está faltando água, comida e que os sobreviventes brigam por espaço."
"Ela relatou que há casos de pessoas se suicidando no estádio e haveria mais de cem corpos no local. Eles estão jogando os corpos na enchente para abrir espaço no estádio", comenta a irmã de Mônica, Sue Hellen.
Diante das inúmeras tentativas sem sucesso de falar com Mônica no celular, a angústia vai aumentando, desabafa Sue Hellen. "Estamos orando para que Deus a proteja, e aos outros também."
O pai de Mônica, o empresário Josemil Vassão, diz que ficou um pouco mais tranqüilizado após o telefonema do cônsul do Brasil em Houston, Carlos Alberto de Azevedo Pimentel. "O cônsul disse que a cidade será evacuada e que as autoridades dos Estados Unidos vão levar os desabrigados para Houston nos próximos dias. O consulado está dando toda a atenção para a nossa família."
Mas a preocupação ainda é grande, comenta Josemil. "Os pais sofrem muito ao saber que os filhos estão em dificuldade. Ontem fiquei desesperado com a ligação de Mônica."
Apreensiva, Vera já adianta que pedirá à filha que volte ao Brasil o mais breve possível. "Quero que esse drama acabe logo."
Mônica está cursando pós-graduação em Design, em Kansas, no estado de Missouri, mas como estava em férias foi para Disney, Miami e Nova Orleans. Segundo os familiares, Mônica conheceu Letícia na universidade em Kansas e elas resolveram viajar juntas nas férias.
Sônia Figueiredo, mãe de Letícia, que mora em Belo Horizonte (MG), disse que a filha fez um apelo para que pudessem (ela e Mônica) ser acomodadas em quartos que foram montados no Superdome, mas que são destinados às forças de segurança. "Como há muitos mortos no estádio, Letícia está com receio de contrair doenças. Ela também disse que, pela falta de iluminação, estão ocorrendo muitos atos de vandalismo no local".
A estudante de Relações Públicas está fazendo intercâmbio nos EUA. "Apesar de todas as dificuldades que está enfrentando, Letícia me deixou tranqüila sobre o tratamento que está recebendo das autoridades lá." Sônia também recebeu uma ligação do Consulado em Houston com uma promessa de auxílio a sua filha.
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