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O Conselho Eleitoral de Illinois descartou nesta terça-feira (30) expulsar o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (2017-2021) das primárias do Partido Republicano que serão realizadas em 19 de março nesse estado, e aguarda uma decisão da Suprema Corte do país sobre o futuro do político.
Os oito membros do conselho rejeitaram uma ação que pedia a desqualificação de Trump por causa de seu suposto envolvimento no ataque ao Capitólio em 2021.
O órgão, cuja decisão pode ser alvo de apelação na justiça, argumentou que "não tem jurisdição para decidir sobre a constitucionalidade da candidatura do republicano".
A notícia foi divulgada nove dias antes de a Suprema Corte dos EUA ouvir os argumentos no caso pelo qual Trump foi expulso das primárias no estado do Colorado.
A decisão que a Suprema Corte adotar sobre esse assunto marcará a jurisprudência em todo o país.
O cerne da questão é um debate jurídico sobre se a 14ª Emenda à Constituição desqualifica o empresário para ocupar cargos públicos, após ele ter sido indiciado por suposto envolvimento na "insurreição" que culminou com o ataque ao Capitólio.
A emenda foi aprovada em 1868, após a Guerra Civil dos EUA, para impedir o retorno ao poder dos rebeldes confederados do sul que haviam jurado a Constituição e depois a traíram.
Em 19 de dezembro do ano passado, em uma decisão sem precedentes na história dos EUA, a Suprema Corte do Colorado expulsou Trump das primárias no estado por causa do suposto papel no ataque ao Capitólio, decisão também tomada pelas autoridades do Maine em 28 de dezembro.
A equipe jurídica de Trump recorreu contra essas ações, e a Suprema Corte dos EUA admitiu o trâmite no caso do Colorado no dia 5 de janeiro.
No sistema eleitoral dos EUA, os estados são responsáveis pela organização das eleições, com suas próprias leis e regras, de modo que a decisão da Suprema Corte terá um critério único para todo o país.
Trump, que já venceu as primárias em Iowa e New Hampshire, é o favorito indiscutível a conseguir a candidatura pelo Partido Republicano para a presidência americana nas eleições de novembro, também é o favorito, segundo as pesquisas, para voltar à Casa Branca.