Uma imagem da escrava Harriet Tubman substituirá a do presidente Andrew Jackson nas notas de US$ 20. Será a primeira vez que uma mulher negra estampará a moeda americana, informou nesta quarta-feira (20) um funcionário do Departamento do Tesouro. A decisão foi tomada após o Tesouro ser pressionado a colocar a imagem de uma mulher em uma nota. Contudo, de acordo com o jornal El País, a circulação da nota só deve começar em 2020.
A ex-escrava e abolicionista foi a escolhida em maio do ano passado por mais de 600 mil pessoas em votação organizada pelo grupo Women on 20s (W20) para ser a personalidade feminina a ilustrar a nota de US$ 20 no lugar do controverso sétimo presidente dos Estados Unidos. Tubman desbancou outras grandes mulheres, como a primeira-dama e ativista Eleanor Roosevelt, a ícone dos direitos civis Rosa Parks e a primeira chefe da nação Cherokee Wilma Mankiller.
Nascida escrava, Harriet (1822-1913) ganhou a liberdade ao fugir para o Norte do país e, depois, ajudou negros, sendo notoriamente conhecida por seu papel abolicionista. Além de ativista humanitária, Harriet desempenhou papel crucial como espiã para a União durante a Guerra Civil americana, tendo ainda lutado pelo direito ao voto feminino.
Sua escolha contrasta com Jackson, que era dono de fazenda e de escravos em Nashville. Ele também é criticado e considerado controverso por ter apoiado o ato de remoção dos índios, em 1830, que forçou a retirada de tribos nativas de parte dos EUA, causando a morte de milhares deles por doenças e fome durante migração forçada.
A campanha “Women on 20s” foi instigada pela falta de mulheres entre os rostos masculinos, em sua maioria brancos, que estampam as notas de dólar americano. Das 12 notas existentes — incluindo as de US$ 500, US$ 1.000. US$ 5.000, US$ 10.000 e US$ 100.000, que não estão mais em circulação ou são impressas — nove têm imagens de ex-presidentes e duas estampam os rostos de secretários do Tesouro. A de US$ 100 conta com Benjamin Franklin, considerado um dos fundadores dos Estados Unidos.
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