A polícia do estado de Virgínia procura o atirador que matou uma repórter e um cinegrafista na manhã desta quarta-feira (26), durante uma transmissão ao vivo.
Repórter e cinegrafista são mortos em transmissão ao vivo nos EUA
Jornalistas são baleados enquanto faziam cobertura na Virgínia; outra pessoas fica ferida
Leia a matéria completaAlison Parker, 24, e o cinegrafista Adam Ward, 27, entrevistavam uma profissional sobre um shopping local quando foram surpreendidos pelo atirador, que disparou seis ou sete tiros. Em determinado momento, a câmera cai e aparece a imagem do homem,vestido com roupas de cores escuras, segurando uma arma e direcionando para o cinegrafista, já caído.
A imprensa norte-americana especula quais seriam as motivações do atentado.
O principal suspeito é o ex-funcionário da emissora Bryce Williams. Ele está sob custódia da polícia após atirar contra si ao fim da perseguição policial.
Antes de chegar ao canal, o jornalista havia trabalhado usando o nome de Bryce Williams em canais em San Francisco, na Califórnia, e em canais menores nos Estados da Flórida, da Carolina do Norte, do Texas e da Geórgia.
Em 2000, enquanto trabalhava em uma afiliada da rede de televisão NBC em Tallahassee, na Flórida, ele entrou com outro processo contra a emissora por racismo, pedindo mais de US$ 75 mil de indenização.
No processo, ele alegou ter sido chamado de “macaco” por um produtor branco em 1999 e recebido xingamentos racistas de outros funcionários. O processo chegou a passar pela Justiça Federal na Flórida, mas foi arquivado em 2001.
O gerente do canal, Jeff Marks, descreveu o apresentador como um homem infeliz. “Nós o contratamos como repórter, e ele tinha algum talento e experiência, muito embora estivesse fora das telas por um tempo.”
Segundo o representante, o jornalista ganhou a reputação de ser uma pessoa difícil de trabalhar. “Após alguns ataques de raiva que ele teve, nós o demitimos. Ele não aceitou a saída e tivemos que pedir aos seguranças que o tirassem do prédio.”
Marks afirma que as denúncias de discriminação racial feitas por Flanagan contra a empresa “não puderam ser confirmadas por ninguém, por isso pensamos que foram forjadas”.
Como medida preventiva, as autoridades fecharam todas as escolas na região de Moneta, onde ocorreu a tragédia.